O preconceito social é uma forma de preconceito a determinadas classes sociais que tem sua origem na divisão das classes sociais e consiste na crença de que a classe dominante (que detém o capital e os bens de capital) é superior a classe “dominada” (aquela que possui a força de trabalho apenas).
Essa breve observação é importante uma vez que podemos encontrar trabalhadores urbanos que, embora sejam todos proletários, por possuírem faixas de renda diferentes, podem manifestar preconceito de classe em relação aos que possuem um status inferior em relação ao poder aquisitivo, seja por ocuparem funções inferiores, seja por terem menor grau de instrução. Naturalmente, a possibilidade do preconceito dos mais ricos em relação aos mais pobres estaria mais próxima desse antagonismo de classes.
Para se ter uma ideia, em 2011, na cidade de São Paulo, houve uma polêmica quanto à construção de uma estação de metrô em uma região nobre. Moradores locais manifestaram-se contra as obras pelo fato de temerem a presença de pessoas “estranhas” pelas redondezas, alegando que a estação de metrô colocaria em risco a segurança e a tranquilidade do local. A polêmica gerada ganhou o noticiário, pois, apesar da coerência do argumento em relação aos possíveis reflexos na região como o aumento do transito de pessoas no bairro, tratava-se de um ponto de vista preconceituoso em relação à grande massa trabalhadora que usa esse transporte público. Alem disso, esse discurso deixou implícita a tentativa de uma “demarcação territorial” por parte da população local.
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