Apesar das constantes campanhas de conscientização sobre a Aids e as formas de contágio, o preconceito contra pessoas soropositivas ainda persiste, até mesmo nos núcleos familiares.
É o que mostra uma pesquisa realizada recentemente pelo Ministério da Saúde. Foram ouvidas 8 mil pessoas em todas as regiões do país. A responsável técnica pelo Programa Estadual DST/AIDS no Rio Grande do Norte, Carla Glenda Souza, reconhece que a doença ainda é um estigma social. "Entretanto, não podemos deixar de lutar”, diz.
Segundo ela, o primeiro caso de Aids no estado foi registrado em 1983, há 25 anos. Mesmo depois desse tempo todo ainda há muita desinformação das pessoas em relação à doença. “Apesar das campanhas de esclarecimento realizadas, ainda existem muitas pessoas que acham que é possível contrair a doença através da picada de um mosquito”.
Glenda Souza esclarece que o "portador pode conviver normalmente com a sociedade sem oferecer risco”.Em relação ao tratamento, Carla Glenda destaca que os avanços são significativos. “Avançamos no medicamento e na assistência das ações sociais voltadas para a população”.
De 2007 a novembro de 2008, foram notificados 182 casos de Aids no RN. Na estatística, chama atenção a quantidade de doentes na faixa etária de 40 a 69 anos — 70 pessoas, 52 homens e 18 mulheres.
Muitos joves criaram um bordão que pede o fim do preconceito contra quem tem a doença, "Quem vê cara, não vê Aids". Muitos desses jovens participam da campanha de prevenção do ministério da Saúde que vai ser lançada no dia mundial de combate a Aids no dia 1° de dezembro.
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