As cidades do sul do Brasil formadas com a imigração alemã têm procurando reavivar as suas culturas e tradições como forma de promoção do turismo local. Uma consequência inesperada foi o surgimento de grupos neonazistas, os quais têm feito vítimas nas cidades sulistas e na Região Metropolitana de São Paulo. Registrou-se recentemente o surgimento de um movimento neonazista organizado em nível nacional auto-intitulado "Partido Nacional-Socialista Brasileiro", que atua através de um site na internet para o reavivamento dessa ideologia no país.
Não raro, acontecem alguns crimes envolvendo neo-nazistas nessas regiões. Em 2003, por exemplo, um grupo de skinheads neo-nazistas obrigou dois jovens punks a pular de um trem em movimento em Mogi das cruzes. Um deles morreu e o outro perdeu um braço. Em são Paulo, o ressurgimento do movimento nazista tem suas origens na década de 1980, quando surgiram os "Carecas do ABC", grupo de extrema-direita que se opunha ao movimento sindical liderado por Lula, surgido na mesma região. Desde então, a possibilidade de comunicação pela internet ampliou as fronteiras do movimento. O site Valhala88, desativado em 2007, chegou a receber 200 mil visitas diárias por usuários do país.
Segundo a antropóloga Adriana Dias, da Unicamp, estudiosa da questão do neo-nazismo no Brasil, o acalorado debate na eleição presidencial de 2010, deu fôlego ao movimento. Para ela, "a questão do preconceito aos nordestinos (...) vem desde as eleições do Lula. Na eleição da Dilma, isso se radicalizou muitíssimo porque foi levantada a questão do aborto , do casamento gay".O primeiro tem entre 18 e 25 anos e o segundo tem entre 35 e 45 anos, e seria o líder do primeiro. Segundo ela, a leitura dos neonazistas é composta por Willian Patch, Thomas Haden, Miguel Serrano e Olavo de Carvalho. Em relação às bandas, há o Comando Blindado, a banda Zurzir, Defesa Armada e Resistência 88. Segundo Adriana, há dois grandes grupos etários de neonazistas no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário